A performance D’AGUA: um começo sem meio sem fim, do bailarino Rodrigo Alcântara traz à cena “D’ÁGUA. Repleto de várias certezas, lacunas, vãos, ausências, descobertas e perigos. “Quando se adentra um portal, as possibilidades são de riscos, acertos e erros” A performance reverbera do ritualístico ao oco, do visível ao invisível. Portais existentes ou inexistentes para a humanidade em suas vulnerabilidades. Portais que jamais serão descobertos, assim como as profundezas dos mares meus, seus e nossos. “D’ÁGUA” traz maneiras de girar e perceber o Universo em que coexistimos, Universo esse que carregamos ou somos doutrinados a carregar, experimentando minuciosamente cada um dos seus portais. Proposta de encenação
A proposta coreográfica e cênica do espetáculo “D’água: um começo sem meio sem fim” parte da pesquisa da dança contemporânea e afrodiaspórica, como eixo condutor da pesquisa a singularidade corporal do intérprete criador Rodrigo Alcântara. Traz consigo práticas pedagógicas comprometidas com a ancestralidade, inclusivas e que partem do lugar da “escuta”. Premiado no prêmio Denilto Gomes pela Cooperativa Paulista de Dança reconhecimento de Rodrigo Alcântara – Artista Revelação da Dança em 2021 e Prêmio Arcanjo (2022), pela dança que implode muros entre centro e periferia. É registro no seu produzir dança até os tempos de hoje esse “Corpo Marginal/ Corpo território”, onde os deslocamentos e os impactos da sua formação entre arte e vida fazem no seu produzir e fazer dança na cidade de São Paulo.
Um dos conceitos da proposta coreográfica também se aprofunda na pesquisa da Metodologia da “Dança da Indignação” criada pela diretora e coreógrafa Gal Martins juntamente com a Cia Sansacroma. Trata-se de uma linguagem estética em dança que reverbera indignações criativas numa abordagem poética e política que traz signos e elementos singulares na intersecção entre arte e vida, vida e arte. Sempre tendo plena responsabilidade estética na dança contemporânea como cena além da linguagem.