A cena começa em pausa, com os artistas ocupando lugares separados no espaço, o que sugere uma sensação de espera e expectativa, criando um clima intrigante para o público. A proposta inicial é a criação de figuras corporais no espaço, a partir de elementos como linhas, ângulos, eixos e pivôs, mostrando uma exploração detalhada das possibilidades de movimento e posicionamento em relação ao ambiente circundante.
Ao desenvolver da cena, os artistas ampliam o olhar e a conexão entre si, começando a revelar os encontros, que podem ser lidos como eventos cênicos que conduzem a uma exploração dos apoios, que por sua vez, referem-se ao suporte físico entre os corpos dos artistas e o ambiente, gerando movimentos mais dinâmicos, desafiando a gravidade e o equilíbrio.
A partir do empilhamento dos corpos, surge uma figura destaque: segunda altura. Este momento estabelece uma pausa significativa na performance, um momento de descanso, permitindo que o público absorva o que foi apresentado até então, pode ser um ponto de tensão, inflexão para a continuidade da cena.
Ocorre abruptamente um colapso, os intérpretes rolam com a queda e dão início a uma investigação de contrapesos, que conduz ao fim da apresentação.