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Código:
Mostra #2022

Dados gerais

Nome completo

THIAGO HENRIQUE FERREIRA

Nome artístico

THIAGO FERREIRA

Data de nascimento
14 / 11 / 1985
Email

tihode@yahoo.com.br

RG

400734369

Cópia do RG

Breve currículo

Sou Thiago Ferreira, gay, negro, periférico, bailarino, cantor e gestor, formado em Tecnologia em Gestão de Turismo pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP, Pós-Graduado em Gestão Cultural: Cultura, Desenvolvimento e Mercado – SENAC, possui MBA em Varejo e Mercado de Consumo na Universidade de São Paulo – USP. Concluiu curso de extensão em Leadership Tools and People Management, Ferramentas de Liderança Organizacional com Ênfase em Gestão de Pessoas certificado pela Harvard Manager Mentor e Transformação Digital para micro e pequenas empresas certificado pela Universidade Federal do Ceará. Além disso, participou de alguns congressos acadêmicos como o realizado em Piracicaba – SP, na instituição PECEGE em 2019 e no congresso SEMEAD – USP em 2020, onde apresentou seu artigo científico Inovações em Serviços: Uma análise comercial sobre as agências de viagens online no Turismo. Sua potência em gestão cultural é enriquecida pelo fato de ter sido também dançarino no grupo Balé Afro Órun Àiyé de Suzano, sob direção de Ariane Mascarenhas e Cleiton Costa de 2010 a 2015, e desde 2012, é dançarino da e Cia. de Cultura Popular Lêle de Oyá, dirigida pela Mestra Soraia Aparecida (falecida em 2021) desde 2012 até hoje. É integrante e assistente de Direção do Núcleo de Estudos em Corporeidades Negras desde 2018 até hoje, com direção de Kelly Santos. Como produção desta pesquisa foi produzida uma videodança intitulada “Encruzidança”, a qual traz corpos permeados pela ancestralidade, atravessados pelo tempo e território, comprometidos a transcrever sua memória. Essa produção circulou por bienais e festivais de dança pelo Brasil. Produtor Executivo, Pesquisador Cultural e Dançarino do Núcleo Filhos da Terra em Mogi das Cruzes desde 2018, circulou com o espetáculo Jurema – Uma lenda, Um musical de Cleiton Costa, contemplado pela Lei de Incentivo a Cultura de Mogi das Cruzes – LIC em 2019, mas não foi captado. Foi Produtor Executivo da videodança A-MAR dirigido por Cleiton Costa em novembro de 2020, financiada pelo Edital Do Programa de Fomento à Arte e Cultura de Mogi das Cruzes, PROFAC e palestrante e oficineiro no projeto de Formação e Fomento à Cultura Afro-brasileira em Itaquaquecetuba (2021), projeto apoiado pela Lei Aldir Blanc – LAB 2020. Atualmente é Produtor Executivo na RB6 Produções Audiovisuais, atuando desde janeiro de 2020. Atualmente circula com o espetáculo Re-Existência: uma performance de música, dança e poesia. Paralelamente a sua atuação artística-cultural e no segmento audiovisual, trabalha como Project Manager (Gerente de Projetos) na área de TI desde janeiro de 2023 até o presente momento.

Endereço

Rua

Rua Augusto Regueiro

Complemento

Casa

Cidade

Casa

Número

30

CEP

08750-760

Comprovente de Endereço

Categoria Especial?

Sim
✓ residente e atuante em periferias
✓ atuante ou que manifeste na performance proposta ações afirmativas LGBTQIA+
✓ negro, negra ou afrodescendente
Comprovente de Categoria

Conceito

TÍTULO: RE-EXISTÊNCIA: O PROTESTO “RE-EXISTÊNCIA: O PROTESTO” é uma performance cênica-musical que expressa a luta pessoal de Thiago Henrique Ferreira, um artista negro, periférico, gay e de religião de matriz africana no enfrentamento do racismo e da homofobia, por meio da declamação de uma poesia autoral, do canto de uma música afro-brasileira que fala sobre proteção de pessoas excluídas e injustiçadas a partir da fé, da força espiritual e do relato de um texto autobiográfico sobre as lutas, os preconceitos, o racismo, a homofobia e toda a exclusão sofrida por esse sujeito, assim como os caminhos de superação, de fé e de amizade que o ajudaram a seguir em frente e realizar os sonhos almejados. Marina Abramovic, artista pioneira na arte performativa de longa duração, define performance como uma construção física e mental que o artista executa num determinado tempo e espaço, na frente de uma audiência. É um diálogo de energia, em que a plateia e o artista constroem juntos a obra. Nesse sentido a performance “RE-EXISTENCIA: O PROTESTO” tem o objetivo de provocar o público e a partir da relação de energia entre o artista e o espectador gerar uma reflexão, onde a construção da obra se expande e gera um debate social sobre os temas abordados (IEA, 2014). A história de vida desse homem inspirou a criação dessa performance, incluindo uma situação recente de homofobia, racismo e intolerância religiosa vividos num ambiente escolar, a escola pública estadual Cid Boucault, escola onde esse homem se formou e retornou para fazer a apresentação musical do espetáculo “Re-existência: uma performance de música, dança e poesia”, mas foi rechaçado e impedido pela direção da escola que alegou que sua apresentação com temática afro-brasileira e LGBTQIAN+ invocava demônios e incentivava o “homossexualismo”, termo homofóbico utilizado pela vice-diretora da escola, quando na verdade o espetáculo apenas mostrada homens dançando e interagindo juntos e representações artísticas-culturais de religiões de matriz africana, uma situação muito constrangedora de racismo e homofobia explícitos. Apesar de vivermos em 2024, onde há direitos adquiridos através de batalhas e conquistas históricas pela comunidade LGBTQIAPN+ pela na população negra, assim como uma falsa ideia vendida nas mídias sobre aceitação desses grupos em espaços de cultura, educação e arte, na prática vivenciamos outra realidade, onde a violência, o preconceito, a discriminação e a exclusão são situações naturalizadas em espaços onde valores como a educação, o respeito e a diversidade deveriam ser ensinados. Nesse sentido, a presente performance torna-se relevante, pois precisamos fazer a sociedade refletir e debater sobre esses temas, relembrando que somente através do diálogo podemos avançar para uma sociedade mais justa e igualitária. Em 2023 as denúncias de violência contra LGBTQIAPN+ aumentaram 300% em comparação ao ano anterior e os números de mortes por motivação LGBTFOBICA chegaram a 257. No mesmo ano o Brasil registrou 176.055 processos judiciais envolvendo casos de racismo e intolerância religiosa. Esses dados provam que o aconteceu com o artista idealizador e realizador dessa performance, Thiago Ferreira, não é um caso isolado e que o debate sobre racismo é LGBTFOBIA é urgente na sociedade (CUT, 2024; CC, 2024). E esse será o nosso “começo, meio e começo” como dizia o mestre Nego Bispo. REFERÊNCIAS CARTA CAPITAL [CC]. 2024. ONG contabiliza 257 mortes violentas de LGBTQIAPN+ em 2023. Disponível em Acesso em 05 abr. 2024. CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES [CUT]. 2024. Brasil registra mais de 176 mil processos por racismo e intolerância religiosa. Disponível em Acesso em 05 abr. 2024. INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO [IEA]. 2014. As múltiplas facetas da arte performativa de Marina Abramovic. Disponível em Acesso em 05 abr. 2024.

Roteiro

ROTEIRO DA PERFORMANCE TÍTULO: RE-EXISTÊNCIA: O PROTESTO LOCAL: Praça Veteranos da Guerra, Bairro: Jundiapeba, Cidade: Mogi das Cruzes – SP HORA: 16H00 ARTISTA: THIAGO FERREIRA INSTRUMENTOS E OBJETOS: OBRAS UTILIZADAS: Poesia autoral de protesto contra LGBTFOBIA e RACISMO, canção “DAMIÃO” de Jussara Marçal e texto autobiográfico Re-Existência sobre a história e vida do artista DURAÇÃO TOTAL: 12 minutos ATO 1 O artista entra no Local acompanhado de um violonista que toca uma música dramática. Ele está amarrado em correntes se arrastando e declama uma poesia autoral de protesto contra a LGBTFOBIA e contra o RACISMO: POESIA AUTORAL DE PROTESTO CONTRA LGBTFOBIA E RACISMO O racismo e a LGBTFOBIA tentam nos matar todos os dias! Matar a nível social, Matar nossa cultura, Matar nossa arte, Matar nosso gosto pela vida a ponto de nos fazer acreditar que estamos no caminho errado. O racismo e a LGBTFOBIA nos violentam, discriminam e excluem, tentando nos calar! Nossa boca é silenciada, Nossos corpos pretos censurados, marginalizados e não recomendados para a sociedade. Nossa sexualidade é identificada sob o olhar do julgamento, do pecado e do nojo, E logo nossos corpos são demonizados, Jogados em valas profundas do abismo social. A ignorância e o fundamentalismo religioso estão tentando nos matar! Todos os dias acordo e penso o que vai ser hoje? Uma bala perdida atravessada no peito? Pessoas destruindo nossos templos? Espancamento em praça pública? Retirada dos nossos direitos? Será que também vão arrancar meu coração? Será que hoje no mercado o segurança vai me seguir no corredor, no simples ato diário de comprar um pão? Será que vão reproduzir som de macaco na minha apresentação? Será que vão me chamar de viado nojento, ou gritar “virar homem, meu irmão”? Quando vai ser o dia da minha última canção? E será esse dia que as pessoas vão me reconhecer como alguém que fez arte e cultura na região? São tantas as incertezas, Mas quero dizer aos racistas: Vocês não passarão! Quero dizer aos homofóbicos: Vocês não vão impedir que os nossos corpos existam, vivam, lutem e resistam! Quero dizer aos ignorantes que é lamentável que vocês não procurem conhecer a nossa cultura, Que vocês não vejam beleza na diversidade e que não compreendam que cada ser humano é diferente do outro Nós não vamos nos curvar para o racismo e para a LGBTFOBIA! Seguiremos de cabeça erguida Com orgulho de quem somos. Vamos dançar as danças de nossos ancestrais, Cantaremos canções que exaltam a nossa comunidade, Vamos usar roupas que refletem nossa identidade, Vamos lutar para ser quem somos, ocupar os espaços que merecemos, ressignificar nossas dores e reexistir nessa sociedade! Não vamos calar a nossa voz, não! Não vou me esconder Não vamos calar a nossa voz, não! O racismo não vai me calar Não vamos a calar a nossa voz, não R-E-V-O-L-U-Ç-Ã-O Não vamos calar a nossa voz, não! A homofobia não vai me calar Não vamos calar a nossa voz, não! R-E-V-O-L-U-Ç-Ã-O No 25º verso na parte onde diz “Mas quero dizer aos racistas:”, ele começa a se libertar, quebrar as correntes. Por baixo das correntes e amarras ele está vestindo uma roupa que remete a símbolos da luta LGBTQIAPN+, do racismo e da intolerância religiosa. Ele termina a poesia pedindo REVOLUÇÃO com o braço direito erguido tal qual o símbolo da luta antirracista. ATO 2 Em seguida, ele canta a canção Damião que fala sobre um espírito protetor de pessoas indefesas ou que são agredidas injustamente, pedindo ajuda ao espírito para que ele faça justiça. Enquanto canta, o artista interpreta a canção com gestos e expressões de ataque e raiva, representando a fúria do espírito protetor. Aqui o artista usa a fé como caminho da justiça quando a justiça dos homens falha: CANÇÃO DAMIÃO Dá neles, Damião! Dá sem dó nem piedade E agradece a bondade e o cuidado De quem te matou Dá neles, Damião! E devolve o hematoma. Bate mesmo, até o coma Que essa raiva, passa nunca, não Sangue e suor pelo vão. Sentir mais a dor, vingar Ver respingar o pavor Quem bateu, levar Dá neles, Damião! Mesmo que peçam clemência Faz que é tua essa demência Faz pesar a consciência do plantão Dá neles, Damião! Mira no meio da cara Dá com pé, com pau, com vara Bate até virar a cara da nação Sangue e suor pelo vão Sentir mais a dor, vingar Ver respingar o pavor Quem bateu, levar Dá neles, Damião! Bate até cansar e quando cansar Me chama ATO 3 Por fim, o artista apresenta um texto autoral onde conta sua história de lutas e superações, interagindo com a plateia, mostrando que apesar dos desafios, do preconceito, do racismo e da homofobia, é possível vencer, mantendo a fé e cultivando o boas ações e amizades. O texto é um trecho do espetáculo “RE-EXISTENCIA: UMA PERFORMANCE DE MÚSICA, DANÇA E POESIA”, o mesmo espetáculo que foi apresentado na escola estadual Cid Boucault, onde o artista e sua equipe sofreram ataques de LGBTFOBIA, RACISMO E INTOLERANCIA RELIGIOSA. O artista cita esse fato no fim no texto, apresenta-o também como uma forma de protesto, mostrando ao público que a arte e cultura não podem ser caladas ou invisibilizadas na sociedade.
Anexo para roteiro
Tempo de apresentação
12 min
Local
Praça Veteranos da Guerra, Bairro: Jundiapeba, Cidade: Mogi das Cruzes – SP

Informações adicionais

Não há informações adicionais

Notas finais

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