De naturalidade russa, Pasha iniciou sua carreira na dança aos 18
anos de idade. O objetivo de se expressar através do movimento fez com que se dedicasse mais e mais à dança e, após 4 anos de aulas regulares em Hip Hop, Jazz Funk e Dancehall, começou a dar aulas no primeiro e mais famoso estúdio de dança de sua cidade (Yaroslavl- Rússia), na “Free Dance Academy”. Participou de batalhas e competições de dança e nunca deixou de continuar seu desenvolvimento técnico e artístico. Passou a realizar diferentes aulas de danças urbanas como Popping and Vogue, aprendendo com Dmitry Ninja-Bonchinche,Ramon, Evgeny Kevler, Stas Cranberry.
A partir de 2015, mudou-se para Nova York para impulsionar ainda
mais sua carreira artística e, por mais de 2 anos, teve aulas regulares na Broadway Dance Center e na Peridance Capezio Center. Torna-se ainda mais experiente e versátil em sua dança por meio de workshops, master classes, programas específicos de desenvolvimento artístico e performances em apresentações diversas, flashmobs e espetáculos pelo Estado de Nova York. Teve como principais mentores Chio Yamada, Derek Mitchell, Joanna Numata, Neil Schwartz, Omari Mizrahi, Justin Conte, Ryan Davis, Miguel Zarate, Brinda Guha, Bo Park e Vivake Khamsingsavath. Neste período, as diversas aulas e algumas tutorias específicas o auxiliaram no aprimoramento do potencial de seu corpo e a encontrar seu próprio caminho na dança, o que lhe torna hoje um coreógrafo preenchido de
narrativas, menos comercial, e interessado em um processo artístico
contemporâneo.
No final de 2017, muda-se para o Brasil buscando novos desafios profissionais como artista da dança, seja como professor, coreógrafo e/ou dançarino e passa a trabalhar com a T.F. Cia de Dança como intérprete-criador e ministra aulas regulares em diversas escolas de dança na cidade de São Paulo. Antes da pandemia, fez parte das residências artísticas do grupo Cena 11 e do núcleo Aqui Mesmo. Durante a pandemia, enquanto aluno do Curso Técnico de Dança na Academia Tania Ferreira, começou a estudar a área de videodança e um de seus trabalhos “Protocolo 22” foi exibido na Bienal SESC de Dança no ano de 2021.
Junto à T.F. Cia de Dança, participou de 3 edições do Fomento à Dança para a cidade de São Paulo e 2 editais PROAC de Circulação de Espetáculos no Estado de São Paulo. Esses projetos deram a oportunidade de trabalhar sob a provocação de artistas como Marcela Levi (Rio de Janeiro),Luciana Lara (Brasília) e Jorge Garcia (São Paulo).
Também realizou oficinas e encontros com diferentes núcleos artísticos como Fragmento de Dança, Núcleo Ximbra, Grupo Zumb’Boys, Menos um Invisível, Grupo Flying Low, entre outros. A partir do ano de 2021, passa a se aproximar com mais intensidade da cena Ballroom (Vogue) em São Paulo, participando dos treinos e dos eventos regulares da comunidade LGBTQIA+.
Em 2021 e 2023 participa do festival “Dança em Trânsito” que propõe várias trocas artísticas com dançarinos de outros estados do Brasil e internacionais. Em 2023 fez parte do “Projeto Pele” da Laila Padovan em colaboração com o Teatro Municipal de São Paulo, que resultou em apresentações tanto nas ruas do centro como nos ambientes do próprio Teatro Municipal. Em setembro de 2023, Pasha estreou seu solo “HOMO” como parte das ações do Fomento à Dança onde reflete sobre a homofobia dentro do contexto social russo e brasileiro.